É muito comum as pessoas falarem sobre o facto de que devemos melhorar a nós próprios para que os outros gostem de nós, mas ninguém fala sobre o facto de que também precisamos melhorar a nós próprios para podermos gostar de alguém.
Ninguém diz isso abertamente, mas é preciso estar a um certo nível em diversas métricas da vida para se permitir gostar de alguém. E quando se está muito abaixo do nível exigido pelo ego da pessoa, o amor não significa nada.
Lembro-me de uma experiência na universidade: tinha uma amiga com quem era muito próximo — fazíamos trabalhos juntos, conversávamos bastante. Se tivesse que avaliá-la fisicamente, diria que era um 9/10. Além disso, era inteligente, simpática, e muito fácil de lidar.
Um dia, um colega confundiu a simpatia dela com interesse e convidou-a para tomar um café.
Seria um pouco cruel fazer uma avaliação física desse rapaz, mas digamos que ele estava muito, mas muito abaixo dos “padrões” sociais.
A minha colega recusou o pedido respeitosamente, dizendo que estaria ocupada.
Quando chegou o intervalo, ela disse:
“Eu nem acredito que ele sequer considerou convidar-me para sair… Será que ele não consegue ver que não estou no seu nível?”
Eu consegui sentir a revolta e o sentimento de desrespeito na voz dela. Ela sentiu-se desrespeitada, até mesmo humilhada.
Nesse exato momento eu pensei:
“Uau… você não só precisa ser alguém para as pessoas gostarem de ti, mas precisa ser alguém para gostar das pessoas — para o teu amor significar alguma coisa.”
Se estivermos a passar na rua e um bêbado, morador de rua, disser “eu gosto de você”, isso não vai significar absolutamente nada.
Seria como ouvir um cão a ladrar.
E se, por algum motivo, estivermos num momento de fragilidade emocional e aquilo significar alguma coisa, não diremos uma única palavra a ninguém sobre isso.
Muitas pessoas talvez julgassem a minha colega por ser arrogante ou por ter o ego elevado, mas essa é a realidade da vida: mesmo se isso tudo fosse verdade, ela não é a única a pensar dessa forma. Maioria parte das mulheres pensa exatamente da mesma forma.
“É mais fácil o macaco mudar de árvore ou mudar a árvore de lugar?” Não culpe o jogo, aprenda a jogar.
A nossa sociedade sempre foi e sempre será baseada em competência e desempenho — especialmente para o
s homens.
E só restam duas alternativas: Chorar e reclamar que é injusto…
Ou tornar-se o mais competente possível em todas as métricas mensuráveis e não mensuráveis da existência Para que não só as pessoas possam gostar de você, mas também para estar à altura de gostar de alguém.