Nos últimos dias eu tenho me dedicado em fazer algumas coisas para a minha jornada de me tornar uma pessoa financeiramente livre.

Na semana passada eu estava desesperado, e a pergunta que não saia da minha cabeça era: “Porquê que eu não tenho dinheiro?”

Eu estava furioso. Por um lado eu sabia que ainda não tinha feito algo de tão extraordinário que me permitisse ganhar dinheiro, mas isso não serviu para aliviar a minha raiva.

Essa raiva surgiu quando de alguma forma eu vi um jovem de 18 anos vivendo a vida dos sonhos, com carros de luxo e um apartamento em Dubai. 

O meu lado racional sabia que talvez ele começou o seu processo muito antes de mim, ele já falhou mais do que eu, ele já passou mais tempo se dedicando e estudando, mas mesmo assim eu continuava furioso, e comecei a pensar que estou a falhar em tempo real.

Eu tomei algumas medidas, comecei a elaborar novas estratégias, para continuar a trabalhar.

A questão é que quase todas as estratégias que decidi implementar, falharam, ou pelo menos não foram como eu esperava. O plano era eu ser mais produtivo, mas aconteceu o contrário, eu passei a ser menos produtivo, e foi um fracasso total.

E não parou por aqui, eu já não conseguia ler livros, não conseguia treinar devidamente, não conseguia fazer boa alimentação, e pareceu que cada vez mais eu me afundava no fundo do poço, em todas as áreas. E não era esse o plano.

Eu parei e me perguntei “O que está acontecendo?”

Quanto mais assertivo e disciplinado eu tentava ser, acontecia o oposto.

Foi então que eu decidi tirar dois dias para não fazer absolutamente nada que me levasse a alcançar os meus objetivos, dois dias sem treino, sem ler livros, sem criar vídeos e sem me preocupar com boa alimentação.

Nesses dois dias eu me dediquei a outras atividades, fui assistir jogo de futebol, conheci pessoas novas, fui fazer compras, fiz uma comida boa e outras coisas que já não me lembro.

Esses dois dias por algum motivo me lembraram da vida que eu costumava a levar, e todos os maus hábitos que eu costumava a ter. Eu finalmente percebi que em comparação com a vida que eu costumava a ter  eu já estava a atuar no meu mais alto nível.

Às vezes ficamos tão obcecados em ser melhor e fazer melhor que acabamos por esquecer que em relação a pessoa que éramos há alguns meses atrás, estamos a fazer o melhor que podemos fazer.

O progresso e o desenvolvimento pessoal é um processo individual e a pior coisa que podemos fazer é nos comparar às outras pessoas que estão em um nível mais avançado.

Devemos ver as pessoas que estão em um nível superior como uma fonte de inspiração e motivação para continuarmos a perseguir os nossos sonhos, para nos dar uma visão de onde podemos chegar se continuarmos a fazer o que estamos a fazer.

E a lição que eu aprendi com essa fase foi a seguinte:

Tente em todas as circunstância dar o teu melhor, mas nunca tente atuar em um nível superior às tuas capacidades.

E como eu estou no ginásio, eu consegui fazer uma analogia: O processo do desenvolvimento pessoal é perfeitamente comparável ao treino, se o teu objetivo é conseguir levantar 100 quilos, mas no momento você só consegue levantar 50, você não pode colocar 100 quilos barra de ferro e tentar levantar, porque provavelmente não vai conseguir. O que você tem de fazer é aumentar o peso gradualmente  até chegar a 100.

E lembre-se o treino não corre bem todos os dias, existem dias mais produtivos e dias menos produtivos. Temos que prestar atenção para não ter dias menos produtivos constantemente. Falhar uma vez é um erro, falhar duas vezes é o começo de um novo hábito.

Sempre irão existir dias maus, no trabalho, no relacionamento, no negócio, no treino, na saúde, na amizade e etc… mas temos de aprender o seguinte:

Primeiro, os dias maus não duram para sempre. 

Segundo, devemos refletir sobre que lição podemos aprender nos dias maus. 

Terceiro, são os dias maus que tornam os dias bons realmente bons, porque para uma realidade ser boa tem de ser comparada com uma realidade que não é boa.

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